21 de julho de 2007

escrevi e apaguei. Hoje estou bem e não sei o que escrever. Será que sou consigo escrever algo de jeito quando estou deprimida? (a culpa é dele)
Apetece-me divagar, apetece-me estar com ele, apetece-me apanhar um comboio e ir não sei para onde ("só estou bem onde não estou"), apecete-me subir ao andar mais alto do prédio mais alto, apetece-me olhar (...á-lo) nos olhos, apetece-me que hoje fosse ontem, apetece-me que tudo fosse diferente (tudo?).

13 de julho de 2007

Lendo 1984

A stora Florbela (admiro-a bastante) falou-me no livro. Leu-o na universidade, retratava uma sociedade em que os cidadãos eram constantemente observados por câmaras, a sua mente era controlada de uma forma imperceptível pelo partido que se afigurava num homem o "big brother".
Achei interessante. Comecei a ler.Talvez não na melhor altura: final de ano e exames. Andava a lê-lo aos soluços.Um dia muitas páginas, uma semana sem lhe pegar. Lendo e não lendo, cheguei a meio. Hoje retomei: comboio_destino a coimbra; uma idosa (velhota) à frente, outra ao lado: música alta para não as ouvir. Jardim Botânico: à sombra, debaixo um coro de pássaros; mergulhei no livro.
Distopia
Penso que sei quando não sei. Pai comunista, mãe contra estes partidos que se dizem eleitos para fazerem o melhor pelo povo. Aprendi a ser do contra. Defendia/o comunismo. Sim, utopia, utopia para nós humanos. Qual a pessoa que não é corrompida? Umas talvez mais facilmente do que outras, mas todas são. Aprendi a criticar os políticos engravatados, os senhores com um sorriso na cara prontos a dar beijinhos às criancinhas e palmadinhas nas costas aos velhinhos, os senhores "vamos lutar pelo país!" (gritos eufóricos, bandeiras no ar) "Obrigado portugueses e portuguesas pelo confiança. Connosco Portugal irá crescer!" (gritos eufóricos, bandeiras no ar...). cresce, portugal cresce, ... Aprendi a defender aquilo que tda a gente numa sociedade dita civilizada deve aprender: igualdade de direitos, igualdade de oportunidades, igualdade de tantas outras coisas que se ouvem mas n se veem. Mas talvez tenha aprendido (talvez sozinha, talvez ensinada) que não é acreditando nestes que vão saltando no poder (mas não afinal sempre lá) que as ditas igualdades vão ser conseguidas.
Percebi, como acho que todos percebemos mais tarde, que esses tais ideais proclamados pelas sociedades ditas liberais, não são alcançáveis.
_"Edward Scissor Hands"_
Estou com sono, acabei por não escrever o que queria. Acabo amanhã ou depois

12 de julho de 2007

19.19

primeira palavra, primeira frase.ja há algum tempo que pensava em criar um blogue.não sei bem para quê.talvez para me ouvirem, talvez para expirar o que de mau tenho andado a inspirar.
são 19.19.dizem que quando o número das horas é igual ao dos minutos está alguém a pensar em nós (estará?).oiço garbage "I Would die for you".não gosto muito deles mas a música até se ouve.
por falar em morrer, hoje ouvi o Manuel luís Goucha a criticar -"é uma crueldade" (não percebi bem) - um site em que se incentivava à prática do suicídio e em que se ensinavam as melhores formas de o fazer. qual é o problema?podia argumentar que se há sites em que os senhores se deliciam com crianças nuas, qual o problema moral de haver sites em que se fala sobre cmo cometer suicídio?mas não é essa a questão.porque é que o suicídio é tão assustador?depende d forma (sim, cmo tudo) de como vemos a vida (vida?o que é isso?).
bem...uma pessoa pode tentar suicidar -se para chamar a atenção (não é isso que todos queremos?) ou porque chegou à conclusao que não ha nada neste mundo por que vale a pena luta ou porque simplesmente percebeu que nada disto faz sentido (velhas e tanto debatidas questões existenciais).a minha visão da vida permite-me admirar os suícidas.não, não os acho covardes (ter que ir ao word ver como se escreve). não os acho fracos por terem escolhido a opção mais fácil, porque para mim essa não é sem dúvida a mais fácil, é mais difícil escolha. olhar a volta e ver que nada faz sentido e não ser, aí sim, covarde para continuar em frente, para continuar a ir trabalhar, continuar a dizer as tretas do costume ("vai-se andando" "assim é que é preciso") às pessoas do costume, continuar a arrastar os pes, pernas, corpo para lado nenhum, continuar a acreditar naquilo que se sabe que não existe (como pode existir?), continuar a seguir as regras morais que nos impõem para nada, porque lá no fundo só os queremos mandar (posso escrever aqui merda?) merda (presumo que posso), enfim...ignorar que o que vivemos não existe porque basicamente não tem sentido.ignorar isso e continar a dizer "vai se andando" quando se sabe que não se vai andando para lado nenhum.ignorar isso e continuar a dizer que não se é feliz mas que também não se é infeliz, quando não se sabe o que é in/felicidade.ignorar isso e continuar a viver...continuar a acreditar que um dia se vai perceber o sentido disto.os suicídas talvz percebrm esse sentido antes de todos nós.percebrm que o sentido é nenhum.
tudo para dizer que não te suporto
_ "quando quando quando"_