tag:blogger.com,1999:blog-41764207613440966352024-02-19T02:29:50.481+00:00quadrada 0Suprematismb.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.comBlogger91125tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-8934001909912424612012-09-01T13:48:00.000+01:002012-09-01T13:48:52.526+01:00<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="background-color: black; font-family: inherit;">"</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: black;"><br /></span>
<span style="background-color: black;"><br /></span>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: inherit;"><span style="line-height: 18px;">Queria fazer-lhe uma pergunta, disse o doutor Cardoso, o senhor conhece os médecines philisophes? Não,confessou Pereira, não conheço, quem são? Os principais são Théodule Ribot e Pierrre Janet, disse o doutor Cardoso, foram os textos deles que estudei em paris, são médicos e psicólogos, mas também filósofos, defendem uma teoria que me parece interessante, a da confederação das almas. Explique-me essa teoria, disse Pereira. Pois bem, disse o doutor Cardoso, acreditar que somos uma nidade independente, destacada da incomensurável pluralidade dos p´roprios eus, representa uma ilusão, aliás ingénua, de uma tradição única cristã, o doutor Ribot e o doutor Janet vêem a personalidade como uma confederação de várias almas mas, porque a verdade é que temos várias almas dentro de nós, uma confederação que acetia o domínio de um eu hegemónico. O doutor Cardoso fez uma pausa e depois continuou: o que se chama norma, ou o nosso ser, ou a normalidade, é apenas um resultado, mão uma premissa, e depende do controlo de um eu hegemónico que se impôs na confederação das nossas almas; caso surja um outro eu, mais forte e mais poderoso, ele vai destronar o eu hegemónico e tomar o seu lugar, passando a dirigir a coorte das almas, ou ser destronado por seu turno por outro eu hegemónico, por ataque directo ou por uma paciente erosão. </span>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: inherit; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: inherit; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: inherit; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: inherit; line-height: 18px;">"</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: inherit; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: inherit; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="background-color: black; font-family: inherit; line-height: 18px;"><i>Afirma Pereira</i>, Antonio Tabuchi</span></div>
b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-14889617396958475722012-08-30T19:54:00.005+01:002012-08-30T20:17:16.485+01:00<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tal como o Som e a Fúria, perplexa, atónita, ausente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um livro que nos vai envolvendo num abraço de repulsa e asco. A história é cruel, mas não foi isso que me transtornou mas a escrita deste grande autor, William Faulkner. Uma narrativa envolta em nevoeiro, factos que gradualmente vão construindo uma história cada vez mais negra, mais nauseante. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
" Temple bocejou, tapando a boca com a mão, e depois tirou uma caixinha de pó de arroz e abriu-a, aparecendo um rosto em miniatura, taciturno, insatisfeito e triste. O pai estava sentado ao lado dela com as mãoes cruzadas sobre o punho da bengala e o traço fino do bigode perlado pela humidade, como prata overlhada. Ela fechou a caixinha e, por baixo do chapéu novo todo janota, parecia seguir com os olhos as ondas musicais, até elas se dissolverem nos acordes morrentes dos metais na outra margem do lago, no semicírculo arborizado onde, a lúgubres intervalos, sonhavam serenas as rainhas mortas de mármore já manchado, daí perindo ao céu, prostrado e vencido no abraço da estação da chuva e da morte." </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Santuário</i>, William Faulkner</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-31977060109612567122012-08-29T23:25:00.004+01:002012-08-29T23:25:46.036+01:00<div style="text-align: justify;">
"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
But even more than her diary, Shimamura was surprised at her statement that she had carefully cataloged every novel and short story she had read since she was fifteen or sixteen. The record already filled ten notebooks.</div>
<div style="text-align: justify;">
"You write down your criticisms, do you?"</div>
<div style="text-align: justify;">
"I could never do anything like that. I kust write down the author and the characters and how they related to each other. That is about all."</div>
<div style="text-align: justify;">
"But what good does it do?"</div>
<div style="text-align: justify;">
"None at all."</div>
<div style="text-align: justify;">
"A waste of effort."</div>
<div style="text-align: justify;">
"A complete waste of effort," she answered brightly, as though the admission meant little to her. She gazed solemnly at Shimamura, however.</div>
<div style="text-align: justify;">
A complete waste of effort. For some reason Shimamura wanted to stress the point. But, drawn to her at that moment, he felt a quiet like the voice of the rain flow over him. He knew well enough that for her it was in fact no waste of effort, but somehow the final determination that it was had the effect of distilling and purifying the woman's existence.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Snow Country</i>, Yasunari Kawabata</div>
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">31.8.2012</span><br />
<br />b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-25759426617137445002012-08-29T22:36:00.003+01:002012-08-29T22:37:52.478+01:00<br />
"<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
O belo só o é quando ultrapassa o simplesmente visível. É isso que o distingue do fastidioso e desinteressante «giro». Só o invisível torna visível a beleza das mulheres realmente belas, concluo, temporariamente com satisfação.</div>
<br />
<br />
<br />
"<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Cala a Tua Boca Com a Minha</i>, Pedro Paixão </div>
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">5.7.2012</span><br />
<br />b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-58714192536161011062012-05-27T20:54:00.001+01:002012-05-27T20:54:26.534+01:00"<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas ainda tenho outras recordações sufocadas, que se desdobram agora em monstros de dor desprovidos de membros. Uma vez, numa rua de Beardsley envolta no poente, ela voltou-se para a pequena Eva Rosen (eu levava as duas ninfitas a um concerto e caminhava atrás delas, mas tão perto que quase lhes podia tocar com o meu corpo), voltou-se para Eva e, muito serena e seriamente, em resposta a qualquer coisa que a outra dissera acerca de ser melhor morrer do que ouvir Milton Pinski, um estudante qualquer que ela conhecia, falar de múscia, a minha Lolita observou:</div>
<div style="text-align: justify;">
- Sabes, o que há de tão terrível em morrer é que ficamos completamente entregues a nós próprias. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Pensei então, enquanto os meus joelhos de autómato subiam e desciam que não sabia nada a respeito da mentalidade da minha querida e que, possivelmente, atrás dos horríveis clichés juvenis, havia nela um jardim e um crepúsculo, e o portão de um palácio - vagas e adoráveis regiões que me eram lúcida e absolutamente proibidas, nos meus farrapos poluídos e nas minhas miseráveis convulsões. </div>
<br />
<br />
<br />
"<br />
<div style="text-align: right;">
Lolita, de Vladimir Nabokov. </div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-64334372161315755952012-05-05T23:20:00.001+01:002012-05-05T23:21:49.934+01:00"<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Escapar às classificações. Esta é uma das características da Arte Bruta - um universo que, sublinha Berst, é difícil definir ou limitar. O termo surgiu em 1945 com o artista francês jean Dubuffet, que procurou reunir obras que se enquadrassem nesse tipo de arte. « Dubuffet usava a palavra bruto no sentido de intocado, cru, puro como os diamantes. É a arte que existe pela arte, não para os mercados ou para os museus». Muita dela é feita por pessoas com perturbações mentais, o que fez com que, já no final do século XIX «alguns psiquiatras começassem e olhar para os trabalhos dos pacientes como mais do que manifestações da doença, como obras de arte.»</div>
<br />
"<br />
<span style="color: white;"><br /></span><br />
<span style="color: white;"><br /></span><br />
<span style="color: white;"><br /></span><br />
<span style="color: white;"><br /></span><br />
<span style="color: white;"><br /></span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-25087235244413803692012-05-05T22:48:00.004+01:002012-05-05T23:21:22.526+01:00"<br />
<div style="text-align: center;">
Que não se alimentem ilusões. As pessoas nada têm a dizer umas às outras, sabido é que cada qual só fala das suas próprias mágoas. Cada um para si, a terra para todos. No momento do amor tentam desfazer-se das mágoas em cima do outro, mas a coisa não se resolve, mesmo que tentem com elas por inteiro e recomeçam, uma vez mais tentam despachá-las. (...) E entretanto vão-se gabando de ter conseguido livrar-se das mágoas mas, claro está, todos sabem muito bem que não é verdade, que as guardaram todas muito bem guardadas só para eles. E como nos vamos tornando cada vez mais feios e repugnantes neste jogo, enquanto envelhecemos, já nem sequer podemos dissimular a mágoa e o fracasso, acabamos por ter o rosto bem marcado por esse horrível esgar que leva vinte, trinta anos ou mais a subir-nos da barriga até à face. Para isto, apenas para isto um homem serve, para um esgar que leva uma vida inteira a confeccionar e talvez nem chegue a ficar pronto, já que seria muito pesado e complicado o esgar que exprimisse a sua verdadeira alma por inteiro, sem nada se perder.</div>
<br />
<br />
"<br />
<div style="text-align: right;">
<i>Viagem ao Fim da Noite,</i> Louis Ferdinand Céline</div>
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: left;">
<span style="color: white;"><br /></span><br />
<span style="color: white;"><br /></span><br />
<span style="color: white;"><br /></span><br />
<span style="color: white;"><br /></span><br />
<span style="color: white;"><br /></span></div>
</div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-65504797806212509362012-03-17T14:59:00.000+00:002012-03-17T14:59:49.094+00:00"<br />
<br />
<div style="text-align: center;">Hungry ghost is a Western translation of Chinese 餓鬼 èguǐ, a concept in Chinese Buddhism and Chinese traditional religion representing beings who are driven by intense emotional needs in an animalistic way.</div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">The Chinese concept is related to the preta in Buddhism more generally. These beings are "ghosts" only in the sense of not being fully alive; not fully capable of living and appreciating what the moment has to offer.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">The English term has often been used metaphorically to describe the insatiable craving of an addict.</div><br />
<div style="text-align: right;">"</div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-87785999206932907262012-01-15T11:20:00.003+00:002012-01-15T11:28:20.745+00:00<div style="text-align: justify;"><span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
Percebi, agora já com alguma distãncia, penso que finalmente te percebi. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Já me tinhas mostrado como iria ser quando numa noite te contei uma feia parte de mim. Penso que depois nunca mais te falei no assunto, "a situação com o meu pai" sempre uma referência e não uma conversa, não vás tu assustar-te outra vez.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Duas tentativas. Um mês a ir para aquele sítio. As cartas. A casa a desmoronar-se. Até as pequenas coisas deixaram de fazer sentido. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Manter-me em pé perante ela, perante eles Fazer as cadeiras e manter-me mentalmente sã, estável, equilibrada, serena perante vocês. </div><div style="text-align: justify;">Não consegui, tinha que falhar em algum ponto, tinha que explodir para algum lado, algo teria que quebrar. </div><div style="text-align: justify;">Foi com vocês. Percebi e pedi-vos desculpa. </div><div style="text-align: justify;">Ela compreendeu, perdoou e ficou. Tu, enfim. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Diz-me meu querido como é possível passar pelas "situações" inabalavelmente? Inquebrável? Razoável? Os meus pilares por momentos desapareceram, tudo ruiu. Como esperavas que ficasse igual?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Talvez as férias tenham sido o pior momento: sem a rotina da faculdade, enfiada em casa, sem a cabeça ocupada pelos exames, sem ti. O pensamento começa a fugir ao meu controlo, mais do que antes. As inseguranças (agora maiores do que nunca), os medos, as paranóias, tudo aflorou à superfície. </div><div style="text-align: justify;">Foi assim que lidei, não foi a forma correcta nem a incorrecta. Não há forma "normal" para de conviver com o assunto. </div><div style="text-align: justify;">E fizeste-me sentir tão mal, a culpada. A lunática, a descompensada, a insegura, a louca. Uma parte de mim tinha de ceder.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E lá foste. Já me tinhas mostrado, formas subtis as tuas, que não ias ficar muito tempo, que estava a ser demasiado para ti. Umas frases aqui, uns gestos ali, eu lá ia reparando, mas sempre insegurança minha, assim o justificavas. Aumentaste-a, se tivesses sido sincero desde o início "Querida, sejamos razoáveis, acha mesmo que vou esperar até que se recomponha? A menina não está lá muito bem mas isso não tem que ser um problema meu, tem?". </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mal pudeste, saltaste do barco. Demais para ti. Há limites, claro. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Deste-me a entender como és: não falas, reages para dentro. Suponho que para isto resultar também eu deveria ser assim, devia guardar para mim, interiorizar, implodir. Partilhar contigo e receber até certo ponto, a partir daí já é demais. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Percebo agora o que falhou. Encontrei finalmente o porque. Posso deixar de me culpar, cortar finalmente as amarras que até há bem pouco mantia (agora seria depois de terapêutica). </div><div style="text-align: justify;">Entendo que acabou, só agora o admito. Por mais cativante que tenhas parecido, o sentimento de abandono na altura que mais precisava é repulsivo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Foi este o motivo que te pedi: saltaste do barco quando começou a entrar água. Tu, o que supostamente devia ter ficado comigo, foi o que abalou. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-59099454992717312452011-12-26T17:57:00.000+00:002011-12-26T17:57:50.792+00:00" <br />
Stephen D., aged 22, medical student, on highs (cocaine, PCP, ciefly aamphetamines).<br />
Vivid dream one night, dreamt he was a dog, in a world unimaginably rich and significant in smells.<br />
Waking, he found himself in just a world.<br />
"<br />
<br />
<div style="text-align: right;">The Dog Beneath the Skin, O. Sacks</div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-49441189347019150032011-11-13T19:40:00.001+00:002011-11-13T19:41:22.715+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQGqiJ4F9NTmJCDuu06hHOPe7OuXfc_t2jRjYGfjPZAXhn-w7GCTAKshvxzoVWttbMUcOz92bKdJ-CoDWfevbLz_t_01bJnh-menuimB5pdMrgaQHMeKbZ-ZcoTxCyH0mXDyITtj_7fyA/s1600/porto_douro_rio_pagina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" nda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQGqiJ4F9NTmJCDuu06hHOPe7OuXfc_t2jRjYGfjPZAXhn-w7GCTAKshvxzoVWttbMUcOz92bKdJ-CoDWfevbLz_t_01bJnh-menuimB5pdMrgaQHMeKbZ-ZcoTxCyH0mXDyITtj_7fyA/s320/porto_douro_rio_pagina.jpg" width="320" /></a></div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-58189448592012137992011-09-18T12:42:00.000+01:002011-09-18T12:42:30.140+01:00<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
"<br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: white;">If there´s a problem</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: white;">talk it out.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: white;">If you can talk it out,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: white;">fuck,</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: white;">then try again.</span></div>"<br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-80820218606751631332011-07-27T23:27:00.001+01:002011-07-27T23:28:28.233+01:00<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
não controlo meu anjo, já percebeste que não. <br />
<span style="color: black;">.</span><br />
um buraquinho que criámos, tentámos depois tapar mas não funcionou. <br />
<span style="color: black;">.</span><br />
e cresceu e cresceu. <br />
<span style="background-color: black; color: black;">.</span><br />
desculpem-me.<br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">. </span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-73560164370026068792011-07-24T02:13:00.003+01:002011-07-24T02:16:17.292+01:00<div style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: black;">.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: black;">.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: black; color: black;">.</span></div><div style="text-align: justify;">"Apesar de ela ser alguém que conhecia bem a resistência física, estava a terminar o seu combate, era evidente. O seu aspecto começava a aproximar-se já da fronteira em que a compaixão dos outros cede o seu lugar a um certo nojo que, mesmo quando controlado e humanamente reconstruído numa contenção de comportamentos, não permite já certos gestos espontâneos de ajuda ou aproximação. Ela percebia isso, e por essa razão cedera. "</div><br />
<div style="text-align: right;"><em>Aprender a rezar na Era da Técnica</em>, Gonçalo M. Tavares<br />
<span style="background-color: black; color: black;">.</span><br />
<span style="background-color: black; color: black;">.</span><br />
<span style="background-color: black; color: black;">.</span></div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-84956707375875007252011-05-22T00:18:00.002+01:002011-05-22T00:20:23.385+01:00<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<div style="text-align: justify;">"Há ali uma poça - disse Rhoda-, e não a consigo atravessar. Escuto o ruído da mó, que me chega vindo de um ponto a escassos centímetros da minha cabeça. O vento ruge quando me bate no rosto. Todas as formas palpáveis da vida me abandonaram. Serei sugada pelo corredor eterno se não conseguir agarrar nada de sólido. Sendo assim, em que poderei tocar? Que tijilo, que pedra, me possibilitará regressar ao meu corpo em segurança?"</div><span style="color: black;">.</span><br />
<div align="right"><em>As Ondas</em>, Virginia Woolf</div><div style="text-align: left;"><span style="color: black;">. </span></div><div style="text-align: left;"><span style="color: black;">.</span></div><div style="text-align: left;"><span style="color: black;">.</span></div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-36433207137327192752011-05-07T12:47:00.003+01:002011-05-07T12:47:53.587+01:00<span style="color: black; font-size: x-small;">.</span><br />
<span style="color: black; font-size: x-small;">.</span><br />
<span style="color: black; font-size: x-small;">.</span><br />
afinal está só a começar.<br />
<span style="color: black; font-size: x-small;">.</span><br />
<span style="color: black; font-size: x-small;">.</span><br />
<span style="color: black; font-size: x-small;">.</span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-46948153583784343692011-03-27T02:04:00.004+01:002011-03-27T02:21:14.864+01:00<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
começaríamos por voltar a quatro semanas atrás: época de exames e amesterdão passados, retomar a rotina, as aulas, o laboratório, as festas, os filmes e passeios, as conversas no salão sobre a vida dos outros pouco sabendo sobre a nossa.<br />
<br />
reparei apenas numa certa irritação, nada de mais. talvez a audição ou a prova de formação. <br />
<br />
lembro que na segunda estava mais angustiada, sem paciência para o habitual. fecho-me no quarto à espera que o dia seguinte chegue, recebo a chamada, fico à espera de outras chamadas, resolvo ir lá e voltar no mesmo dia - nada de grave, o nervosismo a que nos vem habituando. <br />
<br />
Chego, oiço, o chão treme, começam a abrir-se fendas, o som horrível da terra a revolver-se.<br />
<br />
Primeiro ouves, depois acreditas, depois percebes. Não, não. volta atrás, ouve o que te dizem primeiro, foca-te no que te estão dizer [tanto ruído, os miúdos a berrar, as enfermeiras, os comprimidos, a médica, a minha mãe, as velhas, o meu pai, as cartas, o chão que não pára de ranger]. ouviste o que te disseram? houve agora os pormenores, delicia-os. <br />
<br />
<br />
Passa-lhe a mão no cabelo, diz-lhe o quanto gostas dela, beija-lhe a face, promete-lhe que vai tudo ser melhor.<br />
<br />
Vais a casa buscar as coisas dela. mexes-lhe na roupa, nos perfumes, nos desenhos, nos livros, nas suas intermináveis caixas - não a sabias assim. <br />
<br />
as chaves sempre a trancar as portas, as janelas tapadas, os bêbados nojentos, os cinco minutos em que te perguntam se estás bem, as anoréticas, as duas semanas que já vão em quatro, o diagnóstico que não chega, sabem lá eles o que te dizem.<br />
<br />
<br />
sei lá eu o que te digo, sei lá eu o que te dizer, estou-me a esgotar nos argumentos. <br />
<br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-64342967545163104832010-08-06T18:29:00.004+01:002010-08-07T16:45:50.665+01:00<div style="text-align: justify;">"Everything is more complicated than you think. You only see a tenth of what is true. There are a million little strings attached to every choice you make; you can destroy your life every time you choose. But maybe you won't know for twenty years. And you may never ever trace it to its source. And you only get one chance to play it out. Just try and figure out your own divorce. And they say there is no fate, but there is: it's what you create. And even though the world goes on for eons and eons, you are only here for a fraction of a fraction of a second. Most of your time is spent being dead or not yet born. But while alive, you wait in vain, wasting years, for a phone call or a letter or a look from someone or something to make it all right. And it never comes or it seems to but it doesn't really. And so you spend your time in vague regret or vaguer hope that something good will come along. Something to make you feel connected, something to make you feel whole, something to make you feel loved. And the truth is I feel so angry, and the truth is I feel so fucking sad, and the truth is I've felt so fucking hurt for so fucking long and for just as long I've been pretending I'm OK, just to get along, just for, I don't know why, maybe because no one wants to hear about my misery, because they have their own. Well, fuck everybody. Amen."</div><br />
do filme <strong>Synecdoche, New York</strong>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-7067239312202328482010-07-12T18:52:00.002+01:002010-07-12T18:54:39.112+01:00<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: #f3f3f3;">era como uma cebola.</span><br />
<span style="color: #f3f3f3;"><br />
</span><br />
<span style="color: #f3f3f3;">vasculhou, </span><br />
<span style="color: #f3f3f3;"> vasculhou. </span><br />
<span style="color: #f3f3f3;"> vasculhou.</span><br />
<span style="color: #f3f3f3;"><br />
</span><br />
<span style="color: #f3f3f3;">chegou ao fim e enjoou. </span><br />
<span style="color: #f3f3f3;">enjoou, não enjoou?</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span><br />
<span style="color: black;">.</span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-27768440697155070522010-02-07T00:02:00.002+00:002010-02-07T00:07:01.390+00:00<span style="color:#000000;">.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span><br /><div align="left">"Mudanças</div><span style="color:#000000;">.</span><br /><div align="justify">Tinha sido manicure num cabeleireiro. Depois das grandas mudanças no país, e aproveitando a anterior experiência profissional, era agora uma das funcionárias que amputava os dedos aos criminosos."</div><span style="color:#000000;">.</span><br /><div align="right">O Senhor Brecht, Gonçalo M. Tavares</div><span style="color:#000000;">.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-86757918401245185472009-12-08T22:12:00.009+00:002009-12-08T22:41:39.393+00:00<div align="justify">ouvia na biblioteca quente Carla Bruni. A Professora Florbela perguntava-me por quem suspirava eu, no meu canto, a espreitar lá para fora, a espreitar para além das grades azuis que sempre senti prenderem-me.<br /><span style="color:#000000;">.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span><br />e chego a este ponto e percebo que as minhas amarras sempre fui eu, fui e ainda sou eu.<br /></div><div align="justify"><br />L'Excessive.<br /><br />somos excessivas.<br /><br />Excessivamente.<br /><br />e sentes todo o mundo à tua volta a girar e só te ris, gargalhadas bem altas que todos fingem não ouvir porque sabem o que te diverte e têm vergonha.<br /><br />tenhamos vergonha de todo o excessivamente vazio que todos preenchemos com coisas excessivamente ocas, não têm volume, não têm forma, nem cheiro nem cor nem sabor<br /><br />vês<br /><br />nada<br /><br />o excessivamente nada.<br /><br />gargalhadas audíveis para além das quatro paredes do mundo que perfuram os tímpanos de todos os excessivamente ocupados com o nada e que te ignoram porque lá no fundo<br /><br />lá bem no fundo<br /><br />sabem que são tão mas tão excessivamente nada nada nada nada<br /><br />e mostram-se e berram-se ao mundo para se convencerem do contrário.<br /><br />e nós divertimo-nos.<br /><br /><br />Voltámos. L'Excessive, Je suis excessive.</div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-19049378711377784452009-08-12T15:48:00.003+01:002009-08-12T16:21:40.858+01:00Nota Quatro-últimaEsta nossa Estação de Comboios mudará de cidade.<br /><span style="color:#000000;">.<br /></span>Para mais informações contacte através dos comentários, e-mail ou carta.<br /><span style="color:#000000;">.<br />.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span><br />e são 16:18 e encerro o meu blog.<br /><span style="color:#000000;">.<br /></span>Encontramo-nos em novas paragens e no Purple Elephant.<br /><span style="color:#000000;">.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-56268069938492049782009-08-08T20:06:00.011+01:002009-08-11T12:09:17.387+01:00Nota Três<div align="justify"><span style="font-size:78%;"><span style="font-size:85%;">algo parecido com</span>:</span><br />pareces uma maçã.<br />porquê?<br />a maçã também está-se sempre a mexer porque quer sair da árvore,estás sempre a sair do teu lugar (consegui?).<br /><br />e houve ainda a alusão a dois elefantes (um com o qual me pareço), a uma girafa, a cobras, a pacotes de açúcar, a um bebé de dois meses que cresce na minha barriga, a uma visita (contornaremos a questão) e a olhos nas bochechas (quatro portanto. seis, pois mostrei-lhe o terceiro par, apesar de apenas ter visto um fiozinho verde como o outro via (quando permitia que só ele me olhasse nos olhos (e ainda ontem falei de ti e do teu intelecto e lembrei-me constrangida da nossa serventia (conversávamos outro dia sobre o morrer e o arrependimento e contei as desculpas que tenho ainda que pedir. um dia roubo coragem a alguém e bato-te à porta)))).<br /><br />mais tarde a cancro.<br /><br />e a cancro.<br /><br />e a cancro.<br /><br />e a cancro.<br /><br />o da senhora de olhos azuis, o da mãe da amiga (que é afinal prima), o do desconhecido que se ofereceu para ajudar o suposto louco que acabou por lhe contar a vida e por lhe transferir não se sabe bem o quê (espiritual, pareceu-me) que segundo o louco o matou, a ele e ao empregado, e o da mãe (falas agora no Setembro<br /><br />Há um Setembro.<br />Houve um Dezembro. Houve um Janeiro. Houve todas umas semanas até Julho. Houve Julho. Há todos uns dias até Setembro.<br /><br />E há umas flores todos os meses e há um ritual todas a noites.)</div>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-33014677614136002002009-08-06T21:24:00.005+01:002009-08-06T21:37:06.308+01:00Nota Doismas ainda assim continuamos os mesmos.<br /><br />(e ainda os mesmos ponteiros do relógio do sexto andar)<br /><span style="color:#000000;">.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span><br /><span style="color:#000000;">.</span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4176420761344096635.post-20491853880789255662009-08-05T21:42:00.004+01:002009-08-05T21:46:04.400+01:00Nota Umcomer um Sundae sozinha não é bom.<br /><span style="color:#000000;">.</span>b.a.http://www.blogger.com/profile/16775361670880605055noreply@blogger.com0