13 de dezembro de 2008

Ouvindo Clã

Na mesma sala a Julianne vê tv e árvore anuncia já o natal

Na cozinha a Saudade (que vira saudade no domingo e só descansa 6a à noite)

Não sei onde o Miguel (diz à mae que fui pagar nao sei a quem (deve estar a chegar (e começo a compreender os medos de viver

o chegar que pode não chegar

o dizer que podemos nao dizer

(a ressaca do funeral))



e li
agachei-me de bochechas nas palmas a pensar
Daqui a nada é amanhã e não será amanhã nunca.

António Lobo Antunes


7 de dezembro de 2008

Sparks.Coldplay

Did I drive you away?
I know what you’ll say,
You say, “Oh, sing one we know,”
But I promise you this,
I’ll always look out for you,
That’s what I’ll do.

I say “oh,”, I say “oh.”

My heart is yours,
It’s you that I hold on to,
That’s what I do,
And I know I was wrong,
But I won’t let you down,
(Oh yeah, oh yeah, oh yeah, yeah I will, yes I will…)

I say “oh,” I cry “oh.”

Yeah I saw sparks,
Yeah I saw sparks,
And I saw sparks,
Yeah I saw sparks,

Sing it out.

La, la, la, la, oh…
La, la, la, la, oh…
La, la, la, la, oh…




A estudar anatomia (o verbo anatomizar)

5 de dezembro de 2008

30 de novembro de 2008

saudade do que fomos

apagado o post antigo

0:00 (alguém pensa em mim (infelizmente a seguir 0:22; preferia a mãe ou o pai (preferia-te a ti desconhecido a quem dou uma cara conhecida mas não real)))

devia estudar anatomia, ossos da cabeça

(atençao às palavras, está numa fase em que já se exige uma linguagem mais técnica.

e a professora a dizer que o doente desta semana vai morrer e que outros ja também desistiram e que outros renasceram (e eu a pensar que não vou ter estômago para fazer disto o meu dia a dia e digo alto que estou no curso errado))

um mês e alguns poucos dias para os exames começarem

(e hoje nevou e se estivesse na minha cidade (ainda não minha (ainda falta muito para seres meu)) apanharia o primeiro autocarro que me levasse até lá, onde a cris me disse que nevava e onde desejei estar com ela para matar as saudades de 2 meses, relembrar momentos de 3 anos, refazer promessas, dar-nos a conhecer novamente (porque em tão pouco tempo mudámos (e imagino-te mais calorosa (e só quero sentir um abraço quente, não o abraço de despedida dos domingos à tarde da minha mãe, mas o abraço do reencontro desejado há muito.


porque naquela almoço em que a fonseca fez anos não me reencontrei com eles, nem houve abraços. só beijos de ocasião, frios. porque já não somos o que fomos, porque nos perdemos (e pergunto-me (como antes) se alguma vez nos tínhamos encontrado

e concluo que sim. estiveram quando precisei (durante o maldito cancro (que agora me faz chorar as lágrimas que na altura estavam cegas)). estiveram nas minhas paixões (e ainda a tânia preve que me caso com o romão), estiveram na chuva

(e la esta o 22)

estiveram estendidos no chão, estiveram a contemplar seus azuis e estrelados, estiveram em tanta coisa. encontrámo-nos sim

mas já estamos em caminhos diferentes

só não pensei que fosse tão rápido

nem 2 meses passaram e vocês já não são meus

(e dava tanto para voltarmos ao que fomos))

15 de agosto de 2008

Carlota Joaquina e Chio



Carlota Joaquina, a cadela castanha mãe do Chio, cão preto e branco (e castanho, uma noite em que se sujou demais).


Os meus bebés.

14 de agosto de 2008

"Dear God, make everyone die. Amen."
Amen.

A sair ontem do carro disse "fodasse, só putos e putas. putas e cabrões"
Às vezes gosto de me sentir deslocada, sentir que não tenho nada que me ligue a ninguém. Que no meio de um mar de pessoas, como ontem, apenas me identifico com uma ou duas.
(mar de pessoas nojento. hipócritas, fúteis, prostitutas morais e de valores, ideiais que não passam de modas: Outuno/ Inverno, Primavera/ Verão.)
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Duas miúdas (que miúdas? sabem tão mais do que eu) a lutarem por um miúdo, daqueles todos estilosos: calças ao fundo do rabo, casaco largueirão, fitinha no cabelo comprido encaracolado empapado em gel, com os ya's e bues e curtes isto e o substantivo merda em todas as frases.
Não exagero: as miúdas à volta dele, qual a que lhe tocava mais, aos berros estéricas, os risos provocadores, qual a que lhe chamava mais a atenção; aquelas brincadeiras, que acabavam com elas a correrem a tentarem bater-se infantilmente e a voltarem depois rapidamente para o pé dele, não vão outras juntarem-se à disputa. Acabo por perguntar a um colega "Afinal qual é que o vai comer?" ele responde perguntando a uma delas. Ela aos risos diz, disfarçando talvez a irritabilidade que lhe causava a derrota, que seria a outra. Como o miúdo adorava todo aquele espectáculo de pavoneamento em sua honra, qual delas fazia a figura mais parva para o convencer a não escolher a outra.
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[vi um filme de uma rapariga que mudou-se de um país de África para os EUA. Nos primeiros meses no novo país via sempre as pessoas a interagirem como animais. Acontece-me muitas vezes o mesmo. Este episódio foi um exemplo, a luta pelo parceiro sexual ]
E um outro de um lado para o outro a tocar nas meninas, penso que já tinha escolhido a sua mas gostava de andar pelo meio das outras, o olhar nojento a provocá-las, os sorrisos a perguntarem "Queres não queres?", elas a responderem que sim com os seus gestos já treinados com outros, possivelmente na noite anterior.
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O comer porque se tem fome, parecem famintos, têm que se saciar, há que escolher bem, passem meninos e meninas, desfilem para que vos vejam, abanem-se, esfreguem-se neles, cheirem-se, olhem-se, toquem-se. E no caso de não vos escolherem, atirem-se ao primeiro, não sejam exigentes, não é para namorar nem ter filhos, é só mesmo para saciar a fome. Comam, comam bem.
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E porque a paz é bonita e os EUA são maus, capitalistas!
Mas sabes o que é isso?
O que é isso o que?
O capitalismo?
O que?? Cala-te pá!
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Crenças e ideais comprados, que mudam como o tempo, que se ouvem por aí. Mudam de cor quando convém. Vazios.
Palmadinhas no ombro, simpatias bafejadas de hipocrisia, mãos apertadas a selar acordos subentendidos, o como vai a família senhor doutor, o sim senhor doutor, muito obrigado senhor doutor, como quiser senhor doutor, o ide à merda senhor doutor que as suas botas sujas mais lambidas não podem estar.
Valores que se vão arrastando, desmazelados, sujos, apodrecendo.
.
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"Dear God, make everyone die. Amen."
Amen.

13 de agosto de 2008

(a noite do Jorge)

Sabes como me sinto

E esta fase não ajuda nada

Uma vez mais a chorar à frente do monitor para cima do teclado preto

Como é que acontecemos assim? (prometemos tantas vezes)

Como é que eu me traí desta forma? (se já-o esperavas prevenias)

Queres desistir?
(eles já desistiram há muito)

Hipócritas que se passeiam, gritam para que os olhem, mas depois ficam mais vazios do que eu (é no meu egoísmo o que me reconforta)


Percebo porque hibernas

12 de agosto de 2008

Deolinda - Clandestino

a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava

a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava

ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso

e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino

com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava

e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...

e quando ele por fim chegou
trazia as flores que apanhou
e um brinquedo pró menino

e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino
16:52

www.radarlisboa.fm

Jorge Palma hoje à noite.

(e ainda me falta fazer o filme. talvez o comece amanhã em Coimbra)

11 de agosto de 2008

21:34

Franz Ferdinand - Jacqueline

28 de julho de 2008

(Dance Dance Dance - Lykke li)

olha...quero desistir.

22 de julho de 2008

cracker integral

o raio das bolachas não sabem a nada mas a verdade é que já acabei o pacote. engraçados os buraquinhos que têm. porque é que os têm?

porque é que há bolachas com buraquinhos? para ficarem mais apetecíveis? para se desfazerem melhor? para os compulsivas-obsessivos com o peso pensarem que, tendo as bolachas buraquinhos, não estao a ingerir tanta comida? para alguém fazer casas com elas para pulgas por exemplo, sendo os buraquinhos as janelas? (sendo assim faltam as portas. e no Inverno há o problema do frio e de manhã há o problema da luz que não as deixa dormir mais. a não ser que o construtor, ou mesmo as pulgas, coloquem nos buraquinhos cortinados totalmente opacos. e o problema das pulgas comerem as paredes, coloca-se? mas não haverá material melhor para casas de pulgas?)

Há bocado estava a ver Ossos e a personagem principal disse que não gostava de tarte de maça porque nao gostava de frutos cozidos. E percebi nesse momento que eu também não. Não gosto de maçã cozida, nem ananás, nem pêra, mas nunca tinha pensado que não gostava de nenhum fruto cozido. A frase "não gosto de frutos cozidos" abriu-me um novo horizonte em mim mesma: imaginei morangos cozidos, uvas, pêssegos, melão, amoras,... tudo cozido. um mundo inimaginável de frutos cozidos, novos aspectos podres surgiram em mim. não mais vou ver um morango ou um melão da mesma forma.

21 de julho de 2008

acabei de ver o "Perto demais".
Não me apetece dormir (estranho acento o til). Vou para o sofá entreter o espírito vazio com mais um qualquer programa da treta.

passo agora a vida no fórum. não sei se por necessidade de falar com alguém se por movida por aquela ânsia inesgotável de ver comentários sobre a tal medicina (espero que não me traia).

2:12. já não seguro os olhos (realmente estranho o til), mas não me apetece dormir. quero escrever e deparo-me com um silêncio interior (e exterior (ja sintonizei na radar))
(falando na radar, nas minhas muitas fantasias sobre um futuro outubro, imagino-me em lisboa. depois no porto. depois coimbra.)

o relógio do miguel marca 3h:32 (15h:32? preferível a primeira).

Fiz hoje um bolo de laranja. acho que tinha pouco açúcar (bonita a sequência de letras da palavra. como em papoila. quando ia há umas semanas nadar um pouco, passava sempre por um local com algumas papoilas. com aquela ingenuidade (que ingenuidade?) típica minha admirava-as. numa dessas vezes reparei que as joaninhas, pelo menos as muitas que vi, tinham todas 6 bolinhas pretas, todas dispostas da mesma forma. e olhei o céu que muitas vezes olho e imaginei-o roxo, um roxo mais bonito que o habitual azul.
e numa outra vez pensei se às árvores acontecesse também uma alteração de cor devido à mudança de temperatura. biologicamente impossível penso eu. portanto em dias frios teriam as folhas pintadas de...azul? e em dias mais quentes, vermelho?).


tenho que ver o Gato Preto Gato Branco.

19 de julho de 2008

tenho pena de não ter o dom da escrita. Estou tão vazia e sozinha agora, e não o conseguir transmitir entristece-me mais.
sinto-me isolada (mas um isolamento que quero, a que me obrigo), incompatível, incompleta, desajustada, com os pensamentos trocados. uma imensa tristeza afoga-me por dentro. começo a sentir o coraçao a bater mais forte, mais rapido e dou por mim a chorar à frente do monitor para cima do teclado.
preciso de escapulir-me destas pessoas que me vaziam, preciso de gritar bem alto a falta que tenho de nao sei bem o que, preciso que me oiçam, preciso que me digam, que me mostrem que a encontrei.
quero que o tempo corra, que fuja.
quero hibernar.
quero acordar quando que me acordares e não antes.

9 de junho de 2008

Sei num momento que estás do outro lado
(e que vais dizer o que quero ouvir)

mas percebo depois que não estás.

Estás onde não devias: estás onde não és meu
(estás onde não dizes o que quero ouvir).

E se estás onde te quero, desconfio então que não és meu.
A tua incerteza dá-me a certeza que não o és.

E penso que não é incerteza, estás só à espera que diga o que queres ouvir.
Fica então a culpa minha.

29 de março de 2008

por em tempos me ter traído
afundo-me agora

não, não me afundo.

tentando ser diferente torno-me demasiado igual.

(as singularidades existem, ms não passam de curvas um pouco mais fechadas)

13 de março de 2008

deitada numa cama, viajo para encontros de tempos anteriores
para momentos certos
momentos tidos como certos em futuros próximos e em futuros desejados num tempo longe.

Capaz ainda de olhá-los agora com os sentidos perdidos.
Capaz ainda de pensá-los sem me afundar.
Capaz ainda de imaginá-los no sussurado prometido.

((no local teu, na atmosfera escura que escolheste, não totalmente apagada, sentes a chuva a bater no chão. O baloiço que imaginas atira-te mais alto; o vento molhado atravessa-te.))

19 de janeiro de 2008

percorre
e volta
vai
e volta
vem
e volta
traz
e volta
foge
e volta
some-se
e volta
esconde-se
e volta
volta.