Sei num momento que estás do outro lado
(e que vais dizer o que quero ouvir)
mas percebo depois que não estás.
Estás onde não devias: estás onde não és meu
(estás onde não dizes o que quero ouvir).
E se estás onde te quero, desconfio então que não és meu.
A tua incerteza dá-me a certeza que não o és.
E penso que não é incerteza, estás só à espera que diga o que queres ouvir.
Fica então a culpa minha.
9 de junho de 2008
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