13 de julho de 2007

Lendo 1984

A stora Florbela (admiro-a bastante) falou-me no livro. Leu-o na universidade, retratava uma sociedade em que os cidadãos eram constantemente observados por câmaras, a sua mente era controlada de uma forma imperceptível pelo partido que se afigurava num homem o "big brother".
Achei interessante. Comecei a ler.Talvez não na melhor altura: final de ano e exames. Andava a lê-lo aos soluços.Um dia muitas páginas, uma semana sem lhe pegar. Lendo e não lendo, cheguei a meio. Hoje retomei: comboio_destino a coimbra; uma idosa (velhota) à frente, outra ao lado: música alta para não as ouvir. Jardim Botânico: à sombra, debaixo um coro de pássaros; mergulhei no livro.
Distopia
Penso que sei quando não sei. Pai comunista, mãe contra estes partidos que se dizem eleitos para fazerem o melhor pelo povo. Aprendi a ser do contra. Defendia/o comunismo. Sim, utopia, utopia para nós humanos. Qual a pessoa que não é corrompida? Umas talvez mais facilmente do que outras, mas todas são. Aprendi a criticar os políticos engravatados, os senhores com um sorriso na cara prontos a dar beijinhos às criancinhas e palmadinhas nas costas aos velhinhos, os senhores "vamos lutar pelo país!" (gritos eufóricos, bandeiras no ar) "Obrigado portugueses e portuguesas pelo confiança. Connosco Portugal irá crescer!" (gritos eufóricos, bandeiras no ar...). cresce, portugal cresce, ... Aprendi a defender aquilo que tda a gente numa sociedade dita civilizada deve aprender: igualdade de direitos, igualdade de oportunidades, igualdade de tantas outras coisas que se ouvem mas n se veem. Mas talvez tenha aprendido (talvez sozinha, talvez ensinada) que não é acreditando nestes que vão saltando no poder (mas não afinal sempre lá) que as ditas igualdades vão ser conseguidas.
Percebi, como acho que todos percebemos mais tarde, que esses tais ideais proclamados pelas sociedades ditas liberais, não são alcançáveis.
_"Edward Scissor Hands"_
Estou com sono, acabei por não escrever o que queria. Acabo amanhã ou depois

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