15 de agosto de 2008

Carlota Joaquina e Chio



Carlota Joaquina, a cadela castanha mãe do Chio, cão preto e branco (e castanho, uma noite em que se sujou demais).


Os meus bebés.

14 de agosto de 2008

"Dear God, make everyone die. Amen."
Amen.

A sair ontem do carro disse "fodasse, só putos e putas. putas e cabrões"
Às vezes gosto de me sentir deslocada, sentir que não tenho nada que me ligue a ninguém. Que no meio de um mar de pessoas, como ontem, apenas me identifico com uma ou duas.
(mar de pessoas nojento. hipócritas, fúteis, prostitutas morais e de valores, ideiais que não passam de modas: Outuno/ Inverno, Primavera/ Verão.)
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Duas miúdas (que miúdas? sabem tão mais do que eu) a lutarem por um miúdo, daqueles todos estilosos: calças ao fundo do rabo, casaco largueirão, fitinha no cabelo comprido encaracolado empapado em gel, com os ya's e bues e curtes isto e o substantivo merda em todas as frases.
Não exagero: as miúdas à volta dele, qual a que lhe tocava mais, aos berros estéricas, os risos provocadores, qual a que lhe chamava mais a atenção; aquelas brincadeiras, que acabavam com elas a correrem a tentarem bater-se infantilmente e a voltarem depois rapidamente para o pé dele, não vão outras juntarem-se à disputa. Acabo por perguntar a um colega "Afinal qual é que o vai comer?" ele responde perguntando a uma delas. Ela aos risos diz, disfarçando talvez a irritabilidade que lhe causava a derrota, que seria a outra. Como o miúdo adorava todo aquele espectáculo de pavoneamento em sua honra, qual delas fazia a figura mais parva para o convencer a não escolher a outra.
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[vi um filme de uma rapariga que mudou-se de um país de África para os EUA. Nos primeiros meses no novo país via sempre as pessoas a interagirem como animais. Acontece-me muitas vezes o mesmo. Este episódio foi um exemplo, a luta pelo parceiro sexual ]
E um outro de um lado para o outro a tocar nas meninas, penso que já tinha escolhido a sua mas gostava de andar pelo meio das outras, o olhar nojento a provocá-las, os sorrisos a perguntarem "Queres não queres?", elas a responderem que sim com os seus gestos já treinados com outros, possivelmente na noite anterior.
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O comer porque se tem fome, parecem famintos, têm que se saciar, há que escolher bem, passem meninos e meninas, desfilem para que vos vejam, abanem-se, esfreguem-se neles, cheirem-se, olhem-se, toquem-se. E no caso de não vos escolherem, atirem-se ao primeiro, não sejam exigentes, não é para namorar nem ter filhos, é só mesmo para saciar a fome. Comam, comam bem.
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E porque a paz é bonita e os EUA são maus, capitalistas!
Mas sabes o que é isso?
O que é isso o que?
O capitalismo?
O que?? Cala-te pá!
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Crenças e ideais comprados, que mudam como o tempo, que se ouvem por aí. Mudam de cor quando convém. Vazios.
Palmadinhas no ombro, simpatias bafejadas de hipocrisia, mãos apertadas a selar acordos subentendidos, o como vai a família senhor doutor, o sim senhor doutor, muito obrigado senhor doutor, como quiser senhor doutor, o ide à merda senhor doutor que as suas botas sujas mais lambidas não podem estar.
Valores que se vão arrastando, desmazelados, sujos, apodrecendo.
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"Dear God, make everyone die. Amen."
Amen.

13 de agosto de 2008

(a noite do Jorge)

Sabes como me sinto

E esta fase não ajuda nada

Uma vez mais a chorar à frente do monitor para cima do teclado preto

Como é que acontecemos assim? (prometemos tantas vezes)

Como é que eu me traí desta forma? (se já-o esperavas prevenias)

Queres desistir?
(eles já desistiram há muito)

Hipócritas que se passeiam, gritam para que os olhem, mas depois ficam mais vazios do que eu (é no meu egoísmo o que me reconforta)


Percebo porque hibernas

12 de agosto de 2008

Deolinda - Clandestino

a noite vinha fria
negras sombras a rondavam
era meia-noite
e o meu amor tardava

a nossa casa, a nossa vida
foi de novo revirada
à meia-noite
o meu amor não estava

ai, eu não sei aonde ele está
se à nossa casa voltará
foi esse o nosso compromisso

e acaso nos tocar o azar
o combinado é não esperar
que o nosso amor é clandestino

com o bebé, escondida,
quis lá eu saber, esperei
era meia-noite
e o meu amor tardava

e arranhada pelas silvas
sei lá eu o que desejei:
não voltar nunca...
amantes, outra casa...

e quando ele por fim chegou
trazia as flores que apanhou
e um brinquedo pró menino

e quando a guarda apontou
fui eu quem o abraçou
o nosso amor é clandestino
16:52

www.radarlisboa.fm

Jorge Palma hoje à noite.

(e ainda me falta fazer o filme. talvez o comece amanhã em Coimbra)

11 de agosto de 2008

21:34

Franz Ferdinand - Jacqueline