29 de março de 2009

Peculiarmente quero-vos,
Queros-vos novamente minha.

(Everything in Its Right Place, Radiohead)

Uma lupa.
Ou uma bola se sabão.

(talvez seja dos óculos. preciso de uns óculos novos)

24 de março de 2009

Tell me how it feel
tell me how to feel it.

(quero dormir o sono do sete)

((e na Radar passa Blowers Daughter))

22 de março de 2009

"Orações Soburdinadas"

http://aeiou.visao.pt/oracoes-soburdinadas=f500531

(e preparo-me para acabar o Memória de Elefante

(num Quarto 210))

21 de março de 2009

Liguei à Fonseca num estado tal que não me lembro, na noite em que fez dez meses com o Anthony. Dez meses, dez meses com o Anthony.
E como eu e Tânia (hoje pensei em ti e nem te disse) almadiçoámos essa vossa relação de "só amizade" mesmo à frente do Mike (dei-te os parabéns no mesmo dia em que te devia ter dado uma flor, mas não dei

(e pergunto-me como teria sido se assim te tivesse confiado a tal rosa que havia colhido no início do ano. um dia mando-me questionar-te sobre tal
(um dia mando-me questionar toda a gente sobre as rosas que devia ter dado e por medo e sei la o que mais, não dei

(e porque cometes sempre o mesmo erro? um dia murcha o teu jardim

(raios tu também, rouba-mas se tal for necessário)))))

Fizeste dez meses ao que estava condenado por nós a semanas. Não sei que te fazer, que vos fazer. Dizei-me oh Deuses da eterna (tempo que me desgraças) sabedoria da insensibilidade

(a conversa de sempre, de sempre, de sempre. preciso de renovar argumentos, abrir novas portas de meu armário do meu sotão do meu jardim.

(Dai-me a ler as vossas bíblias))

Vou-me que este tempo não é para mim (e viver no tempo dos cavalheiros e das damas de lenço).

19 de março de 2009

((Quero um peixe dourado
o meu casaco virado ao contrário
botões nas minhas árvores

quero o piano do andar de baixo
o relógio do vizinho de cima

quero um bolo de laranja
laranjas da montra da loja da senhora com baton))

Uô, uô, uô, uã

8 de março de 2009

Carlota Joaquina

minha papoila dourada, como te adoro.

4 de março de 2009

Confissões de Lúcio

[…] assim éramos nós obscuramente
dois, nenhum de nós sabendo bem se o
outro não era ele-próprio, se o incerto
outro viveria…
Fernando Pessoa
«Floresta do Alheamento»

saí do comboio anseando um sítio seco, longe da chuva onde o pudesse acabar.
alojei-me no último andar do Via Catarina onde li as últimas dez páginas, alheada de tudo.
Perturbador